You think you have a limit.
And you then go for this limit and touch this limit and you think,
okay, this is the limit.
As soon as you touch this limit, something happens
and you suddenly can go a little bit further.
With your mind power, your determination, your instinct,
and the experience as well.
You can fly very high.
Você acredita que tem um limite.
Então você busca esse limite e quando o atinge, pensa:
Ok, esse é o limite.
No mesmo instante algo acontece
e você acredita que pode alcançar um pouco mais.
com o poder da sua mente, sua determinação, seus instintos, e também sua experiência.
Você pode voar muito alto.
21/03/1960 é a data de nascimento de um dos nossos maiores heróis do esporte. Se ele estivesse vivo, hoje seria seu quadragésimo nono aniversário. Ayrton Senna morreu jovem, no auge de seu talento. Para muitos, simplesmente o melhor piloto do mundo. Era tido como uma pessoa afetuosa em suas relações pessoais, sempre cordial e bem educado. Ele é um herói nacional, quase um mártir do automobilismo.
Mas Senna também errava, assim como todo mundo. Certa vez em Mônaco, abriu uma liderança tão grande que acabou perdendo a concentração, batendo na entrada do túnel e jogando fora uma vitória certa. Não era também o queridinho que a mídia pintava como um bom samaritano perfeito e uma vez foi até filmado chutando um fiscal de prova. De vez em quando perdia a paciência e não tinha medo de demonstrar isso publicamente, como fez num briefing ao externar suas insatisfações e dar as costas para seus colegas pilotos.
Senna se preocupava de fato com sua imagem, mas não a ponto de se tornar uma pessoa cínica ou guiar suas atitudes exclusivamente em função do marketing e promoção pessoal. Ali dentro havia mesmo uma fera e em muitos momentos ele não se preocupava em esconder isso.
Na pista ele era quase sempre o mais rápido, mas nem sempre vencia todos os duelos. Um dos momentos mais espetaculares da F1 de todos os tempos ocorreu justamente quando foi superado por Nelson Piquet em uma ultrapassagem de arrepiar os cabelos, em que Piquet passou por fora e controlou seu carro completamente de lado, conseguindo manter-se na frente.
Senna não era um semideus, ou simplesmente o detentor de um talento divino que lhe veio de graça com o nascimento. Ele mesmo não se cansava de dizer que era uma pessoa normal, assim como todos nós e tudo que conseguiu foi construído sobre uma imensa determinação e um foco inabalável. Sabia o que queria e desde muito cedo foi buscar. Soube compreender quais eram os momentos chave de sua carreira e nesses, jamais aceitou de si qualquer coisa menos que o máximo que poderia dar.
Assim foi quando fez seu primeiro teste na F1 a convite de Frank Williams e bateu o recorde do circuito de Donington Park, firmando o novo um segundo mais rápido e dando uma concreta demonstração de que se Frank lhe desse um carro, ele o levaria ao máximo de seu rendimento.
E também em Mônaco, no início de sua carreira na F1 com a inferior Tolemann, quando soube se aproveitar da chuva que nivelava todos os carros para ir rapidamente do décimo terceiro para o segundo lugar. Muitos até hoje dizem que só não venceu por intervenção da organização de prova, no momento que ele já estava quase ultrapassando o campeão Alain Prost. Iniciavam-se ali duas tradições que ficariam famosas: A habilidade superior de Senna na chuva e também uma série de bons resultados naquele circuito que viriam a dar-lhe o título de "Rei de Mônaco", vencendo seis das dez provas em que lá participou.
Ou podemos lembrar ainda o momento em sua carreira quando ele percebeu que era preciso vencer Alain Prost não em uma corrida ou duas, mas mostrar na pista, prova após prova, a sua superioridade frente à um grande campeão para não ficar relegado ao posto de segundo piloto na Mclaren. A percepção desse fato estratégico fez com que Senna transformasse isso em seu principal objetivo de vida naquele período. O grande talento de ambos deu origem a uma verdadeira guerra pela superioridade dentro da equipe. Guerra essa, que culminou na decisão polêmica do campeonato de 1990: Senna, após ser jogado para fora da pista pelo companheiro em 1989, por um capricho do destino teve a oportunidade de retribuir a "gentileza" no ano seguinte, quando Prost, talvez aceditando na imagem de "bom moço" de Ayrton tentou forçar uma ultrapassagem colocando tudo a perder. Com a Ferrari de Prost fora da disputa, Senna mesmo fora da prova ganhava ali o campeonato daquele ano.
Mas não há melhor exemplo dessa determinação do que o GP do Brasil de 1991, quando Ayrton precisou superar seus limites físicos para vencer. Na época, Senna já era bicampeão mundial, mas nunca conseguira vencer uma prova em sua casa, na frente de sua torcida.
Era o ano em que as Williams-Renault começavam a se destacar e a demonstração disso foi a pole conquistada com grande luta por Ayrton somente na última volta do treino. Largando na frente, Senna teria de segurar o "Leão" Nigel Mansell que vinha faminto em busca da vitória. Mas Senna era especialista em despachar a concorrência. Além disso Mansell foi prejudicado por um pneu furado que o tirou prematuramente da briga.
Tudo ia bem e parecia que seria mais uma daquelas tradicionais vitórias "de ponta a ponta" características de Ayrton, até o momento em que o cambio do McLaren começou a dar problema. As marchas não paravam mais engatadas e Senna tinha de segurar a manopla na posição para que não escapassem, pilotando então o carro todo o tempo com apenas uma das mãos no volante. Nessas condições, à cada volta a McLaren perdia muito terreno para a Williams de Ricardo Patrese. Parecia que mais uma vez, não seria o momento de Senna dar a vitória em casa aos brasileiros.
Mas ele não iria entregar os pontos facilmente. Então resolveu não olhar mais para as placas e desligou o rádio, concentrando-se totalmente na pilotagem. Patrese com um carro em muito melhores condições continuava se aproximando, pois sabia dos problemas do McLaren-Honda. Foi então que, subitamente, a sete voltas do final nenhuma marcha mais engatava. Desesperado, Senna conseguiu engatar a sexta marcha e percebeu que teria que sustentar a vantagem com apenas uma marcha, no difícil circuito de Interlagos, característico por seu relevo e curvas fechadas.
Aquilo era uma tarefa sobre-humana, até mesmo para um grande piloto. Ayrton sabia que daquele modo seria o fim. Não havia forma de manter-se competitivo por sete voltas andando com um carro apenas em sexta marcha, ainda mais em Interlagos. A não ser que acontecesse algo... De qualquer modo ele estava determinado a não entregar os pontos e seguiu acelerando. Aquela vitória pertencia aos brasileiros e ele iria até o fim para defendê-la.
Foi então que chegou a chuva. Apesar de Patrese estar tirando uma grande diferença em cada volta, Senna havia colocado muitos segundos entre eles quando os dois carros estavam em igualdade de condições. Patrese sabia que Senna tinha problemas no câmbio, mas não imaginava que Ayrton só andava com uma marcha. Sabendo das habilidades do brasileiro em pista molhada, reconheceu-o como um rival de peso mesmo com um carro gravemente avariado e resolveu desistir da briga, garantindo sua preciosa segunda colocação.
No entanto, Ayrton estava totalmente concentrado e não sabendo que Patrese tinha se contentado com o segundo lugar e continuou dando tudo de si, até a exaustão. Ao final da prova, Senna logo parou o carro e mal teve forças para sair. No pódio seu esgotamento era visível e só conseguiu erguer o troféu com a a ajuda de Ron Dennis. A torcida foi ao delírio e aquela inesquecível prova mostrou aos brasileiros que Ayrton Senna não desistia nunca, mesmo em face das piores adversidades.
Quando lembramos do mito de Ayrton, às vezes temos a tendência de pintar em nossa memória uma pessoa com uma habilidade acima dos mortais, alguém a quem jamais podríamos nos comparar. Entretanto, a carreira de Ayrton não foi perfeita. Em muitos momentos ele teve de lidar com derrotas, com adversidades, com tristeza... Em outros ele teve de ser agressivo e brigar para conquistar e manter seu espaço.
Mais do que em uma habilidade mágica, ele sempre acreditou em si mesmo, em sua força de vontade e seu trabalho. Mas sempre soube também que tinha fortes adversários e essa foi a motivação para buscar seus próprios limites, jamais abandonando a perspectiva de ser sempre competitivo, mantendo-se no topo.
Em um país onde todos cada vez mais buscam o resultado rápido, as coisas fáceis, uma forma de contornar as dificuldades ao invés de enfrentá-las, eu acho que a trajetória de dedicação, determinação e esforço de Ayrton Senna, é o legado mais valioso que ele nos deixou.
FELIZ ANIVERSÁRIO MEU ETERNO AMOR AYRTON... MUITA PAZ... ATÉ BREVE!!!
ResponderExcluirSENNA TE AMO!!! SAUDADES!!! BJS!!!
ResponderExcluirEXCELENTE POST!!
ResponderExcluirMuito legal o post, acho que a maior qualidade do Senna era realmente a determinação, existem muitos pilotos talentosissimos, mas a determinação dele era inigualável...
ResponderExcluirCoruja
Incrível, essa é a palavra que resume Ayrton Senna, eu me inspiro muito nele..
ResponderExcluirParabéns Ayrton, sei que está muito bem ai em cima.
Sem comentários...
ResponderExcluirSimplesmente o maior nas pistas !!
Perdemos um Heroi Brasileiro que poderia ter feito muito mais por ele, pelo país e principalmente para F1, porque depois da trajédia dele, veio a "era" Schumacher que no meu ponto de vista ganhou 7 titulos porque é um piloto talentoso (um pouco vigarista...) mas ele não teve adversário a altura, pois os nomes de peso já haviam se aposentado e quando o sinal ficou verde para o Ayrton dar algumas lições, nosso héroi se foi cedo.
ResponderExcluirE sem dúvidas o ato mais heroico de Ayrton Senna foi o Grande Premio do Brasil em 1991 que ele trouxe o carro no braço, mostrando que as vezes nem é tão importante o carro, mas a determinação e raça, coisa que ele tinha de sobra.
Muito bom esse Post, Ayrton para mim jamais se foi.