Bem pessoal, a arrancada é o esporte mais simples do mundo, no qual as regras dizem apenas que o vencedor é o carro que chegar na frente ao final dos 402 metros. Mas essa simplicidade de objetivo não significa que o esporte não tenha suas próprias características e facetas, sobre as quais realmente reside alguma complexidade.
Não é possível abordarmos de uma só vez todos esses detalhes, então vamos aproveitar o video editado pelo RaFASTra, capturado com sua câmera onboard, no qual ele registrou um pega emocionante com o lindo Maverick turbo de Jean Carlo Peluso, que só foi definido nos últimos centímetros da reta do Velopark.
Não é possível abordarmos de uma só vez todos esses detalhes, então vamos aproveitar o video editado pelo RaFASTra, capturado com sua câmera onboard, no qual ele registrou um pega emocionante com o lindo Maverick turbo de Jean Carlo Peluso, que só foi definido nos últimos centímetros da reta do Velopark.
Essa puxada em particular demonstra com clareza através de dois extremos opostos, a resposta para a seguinte pergunta: "Como um carro tem tempo de pista inferior e mesmo assim chega atrás e perde a corrida?"
A edição do video ficou muito interessante, pois o Rafa marcou algumas parciais e assinalou em vermelho o carro que estava em vantagem naquele determinado trecho. No vídeo podemos observar uma corrida entre dois extremos: Um carro com excelente saída, que abre uma enorme distância no primeiro quarto da pista e um carro mais potente, que acelera com força para eliminar essa diferença e ultrapassar. Ao final, ambos chegam quase empatados, um vencendo no tempo de pista e o outro vencendo no tempo total, com a prova literalmente decida na reação.
Mas o que significa tudo isso? E quem ganhou a corrida afinal?
Bem, funciona da seguinte forma: Existem 3 tempos: TEMPO DE REAÇÃO é o intervalo que acontece entre o pinheirinho acender a luz verde e o piloto de fato colocar o carro em movimento. Esse intervalo é medido por um preciso sistema de fotocélulas instalado na pista, que é calibrado de acordo com certos padrões e que veremos em uma outra ocasião. Então, enquanto o piloto reage ao sinal verde de largada, esse cronômetro mede o tempo em milésimos de segundo. No momento em que o carro é posto de fato em movimento, inicia-se o segundo tempo, o TEMPO DE PISTA, ou também conhecido como E.T. que é a sigla para elapsed time em inglês.
O tempo de pista é cronometrado a partir do momento em que o carro se move até o momento em que ele cruza a última fotocélula da pista, localizada precisamente ao final de 1320 pés, ou 402,3 metros.
O terceiro tempo é chamado TEMPO TOTAL e consiste simplesmente na soma entre o tempo de reação e o tempo de pista.
Esse padrão de cronometragem pode parecer mais complexo do que o necessário, porém é a melhor forma de garantir a simplicidade característica da arrancada: Ele garante que ao abrir o sinal inicia a competição e que aquele que chegar na frente no final da pista será sempre o vencedor, independentemente de qualquer outro tempo, do mesmo modo que as primeiras corridas improvisadas realizadas em desertos, estradas, ruas, aeroportos abandonados e bases militares.
O segredo da coisa é que uma prova de arrancada possui dois cronômetros que não estão sincronizados mutuamente. A reta possui duas pistas, cada uma delas com sua própria cronometragem e o TEMPO DE PISTA é iniciado por cada carro em um momento diferente, dependendo exatamente do TEMPO DE REAÇÃO de cada piloto.
Trocando em miúdos, isso significa que se um "piloto A" "dormir na reação" e demorar 1 segundo a mais para largar do que seu oponente, o "piloto B", para que o "piloto A" ainda tenha chances de vitória, seu carro terá que ser no mínimo 1 segundo mais rápido que o do "piloto B" dentro da pista. Assim, cada um deve dar o máximo de si para fazer o menor tempo de reação possível, ganhando assim uma vantagem na largada.
Comparemos a performance dos dois carros através de todas as parciais da pista, desconsiderando apenas o tempo de reação:
A edição do video ficou muito interessante, pois o Rafa marcou algumas parciais e assinalou em vermelho o carro que estava em vantagem naquele determinado trecho. No vídeo podemos observar uma corrida entre dois extremos: Um carro com excelente saída, que abre uma enorme distância no primeiro quarto da pista e um carro mais potente, que acelera com força para eliminar essa diferença e ultrapassar. Ao final, ambos chegam quase empatados, um vencendo no tempo de pista e o outro vencendo no tempo total, com a prova literalmente decida na reação.
Mas o que significa tudo isso? E quem ganhou a corrida afinal?
Bem, funciona da seguinte forma: Existem 3 tempos: TEMPO DE REAÇÃO é o intervalo que acontece entre o pinheirinho acender a luz verde e o piloto de fato colocar o carro em movimento. Esse intervalo é medido por um preciso sistema de fotocélulas instalado na pista, que é calibrado de acordo com certos padrões e que veremos em uma outra ocasião. Então, enquanto o piloto reage ao sinal verde de largada, esse cronômetro mede o tempo em milésimos de segundo. No momento em que o carro é posto de fato em movimento, inicia-se o segundo tempo, o TEMPO DE PISTA, ou também conhecido como E.T. que é a sigla para elapsed time em inglês.
O tempo de pista é cronometrado a partir do momento em que o carro se move até o momento em que ele cruza a última fotocélula da pista, localizada precisamente ao final de 1320 pés, ou 402,3 metros.
O terceiro tempo é chamado TEMPO TOTAL e consiste simplesmente na soma entre o tempo de reação e o tempo de pista.
Esse padrão de cronometragem pode parecer mais complexo do que o necessário, porém é a melhor forma de garantir a simplicidade característica da arrancada: Ele garante que ao abrir o sinal inicia a competição e que aquele que chegar na frente no final da pista será sempre o vencedor, independentemente de qualquer outro tempo, do mesmo modo que as primeiras corridas improvisadas realizadas em desertos, estradas, ruas, aeroportos abandonados e bases militares.
O segredo da coisa é que uma prova de arrancada possui dois cronômetros que não estão sincronizados mutuamente. A reta possui duas pistas, cada uma delas com sua própria cronometragem e o TEMPO DE PISTA é iniciado por cada carro em um momento diferente, dependendo exatamente do TEMPO DE REAÇÃO de cada piloto.
Trocando em miúdos, isso significa que se um "piloto A" "dormir na reação" e demorar 1 segundo a mais para largar do que seu oponente, o "piloto B", para que o "piloto A" ainda tenha chances de vitória, seu carro terá que ser no mínimo 1 segundo mais rápido que o do "piloto B" dentro da pista. Assim, cada um deve dar o máximo de si para fazer o menor tempo de reação possível, ganhando assim uma vantagem na largada.
Comparemos a performance dos dois carros através de todas as parciais da pista, desconsiderando apenas o tempo de reação:
Primeira parcial: 60 pés:
1,803 Maverick - Astra 2,236
Maverick na frente por 0,433 segundos
Segunda parcial: 100 metros:
5,132 Maverick - Astra 6,019
Maverick amplia a diferença para 0,887
Terceira parcial: 201 metros:
7,966@131 km/h Maverick - Astra 8,738@151 km/h
Astra reduz a diferença para 0,772 e a diferença de velocidade indica que o Astra seguirá se aproximando.
Quarta parcial: 300 metros:
10,489 Maverick - Astra 10,873
Astra reduz mais a diferença, agora para 0,384
Quinta parcial: 402 metros:
12,664@174 km/h Maverick - Astra 12,716@205 km/h
12,664@174 km/h Maverick - Astra 12,716@205 km/h
Astra leva a diferença para ínfimos 0,052 s.
50 milésimos de segundo é o tempo que os sinais visuais levam para chegar ao cérebro. Literalmente, é uma diferença que não dá nem para ver. Mas assim mesmo, a vitória vai para o Maverick. Entretanto, cada pista tem a sua cronometragem separada, que é iniciada não pelo sinal verde, mas pela reação do piloto ao sinal. Nessa puxada em específico, Rafa teve uma reação de 0,243 e Jean, 0,405. Vejamos como ficam os tempos adicionando esse fator:
Tempo de reação:
0,405 Maverick - 0,243 Astra
No momento em que o Maverick se move, o Astra já situa-se 0,162 segundos à sua frente
Primeira parcial: 60 pés:
1,803 Maverick - Astra 2,236
1,803 Maverick - Astra 2,236
Maverick ultrapassa e vence por 0,271 segundos
Segunda parcial: 100 metros:
5,132 Maverick - Astra 6,019
Maverick amplia a diferença para 0,725
Terceira parcial: 201 metros:
7,966@131 km/h Maverick - Astra 8,738@151 km/h
7,966@131 km/h Maverick - Astra 8,738@151 km/h
Astra reduz a diferença para 0,610 e a velocidade indica que a diferença seguirá caindo.
Quarta parcial: 300 metros:
10,489 Maverick - Astra 10,873
10,489 Maverick - Astra 10,873
Astra reduz mais a diferença, agora para 0,222
Quinta parcial: 402 metros:
12,664@174 km/h Maverick - Astra 12,716@205 km/h
12,664@174 km/h Maverick - Astra 12,716@205 km/h
Astra ultrapassa e vence por 0,214 s.
Esse é o modo correto de interpretar as parciais, sabendo-se sempre que para refletir o sincronismo perfeito entre as cronometragens das duas pistas, devemos somar ao tempo de pista os tempos de reação diferentes de cada piloto, pois eles só aparecem no placar logo no início da puxada, antes da primeira parcial. Após isso, todos os tempos que aparecem no placar são E.T.
Porém, como ninguém quer ficar olhando para o placar e calculando, o sistema possui um método para mostrar aos espectadores quem foi o vencedor: O placar da pista do piloto que tiver o tempo total mais baixo pisca, logo após o final da puxada. Assim, mesmo que o placar do Maverick marque um número menor, esse tempo corresponde apenas ao tempo de pista e o vencedor é sempre aquele cujo tempo total é o mais baixo, indicado pelas piscadas do painel.
Tudo isso serve para sabermos o desempenho do carro através da pista em tempo real e para aumentar a emoção ao assitirmos cada disputa. Mas no final, por mais complicado que pareça, vence aquele que, após aberto o sinal verde, chegar primeiro ao final da pista.
Pensando bem... Não tem coisa mais simples que isso!
Pensando bem... Não tem coisa mais simples que isso!
É por isso que ao meu modo de ver, RECORDE tem que ser computado com base no tempo total, assim premia a capacidade de reação do piloto e evita que um carro que chegou atrás leve a glória da puxada. Falo sobre isso num editorial em meu blog, dá uma olhada lá Vicente, quero sua opinião...abraço!
ResponderExcluirhttp://equipegforce.blogspot.com/2012/02/editorial-arrancada-x-rachao-um-ano-de.html
E aí Thiago!
ResponderExcluirDeixei um post lá, para prestigiar o blog.
Sobre o recorde, aqui vai o que penso há algum tempo já:
http://1320ft.blogspot.com/2009/05/mata-mata.html
Na minha opinião, acho que faz pouca diferença se o recorde é com ou sem reação, acho que o problema é muito mais profundo do que isso.
Grande abraço!