quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Reconhecimento de um esporte

Reconhecimento de um esporte

Retirado de www.categoriadesafio.com.br

Estamos chegando ao final do ano, a última ND da temporada já foi realizada, e após as 12 horas o autódromo de Tarumã (que foi a casa da AD nos últimos dois anos) vai ter o seu tradicional recesso para as festas.

Antes de divulgarmos mais detalhes da competição que aconteceu no último domingo, antes de somarmos os pontos do quinto campeonato realizado pela AD, vamos observar o que de melhor se conquistou nesta temporada: o nosso próprio reconhecimento que arrancada é um esporte.
Um esporte a motor, extremamente competitivo.



Os “cabeças” que hoje em dia figuram nas finais, deixaram de ser amadores de final de semana, que tinham a arrancada apenas como um hobby. Hoje, basta conferir os autos que alinham nas finais, que reconhecemos pessoas que trabalham para vencer e tem a competição como centro de sua vida.

Não, ninguém é profissional, ninguém está recebendo um salário para acelerar. Continuam todos amadores, buscando seus sonhos e tentando fazer o melhor possível, etapa após etapa, para quem sabe, em determinado momento ter a chance de fazer tudo certo e vencer uma legitima competição de arrancada.

Ariano Ávila, seu irmão, equipe e família - de Pelotas
A preparação da pista, a equipe do autódromo, a cronometragem, os competidores – após 9 etapas, todos tem a ciência plena que a disputa é séria e não se pode mais falhar em momentos decisivos.

Equipe que coloca o som no autódromo - sem eles não haveria locução
Abrir o portão do autódromo as sete horas de um domingo pode parecer cedo aos olhos de um desavisado, porém é tarde para as pessoas que já estão lá desde a sexta-feira.

Os competidores, que antes vinham da região metropolitana apenas, agora vem de diversos pontos do estado, inclusive de outros estados – e não querem apenas participar, querem figurar entre os melhores.

Evandro, compete com o Besouro onde pode - na terra ou no asfalto. Vem de Araranguá, SC
Jonatas, mais de 400 km desde Aceguá. Conheceu a reta de Tarumã com seu Passat Pointer Turbo
A qualidade dos carros e a queda em massa nos tempos, apontam que não foi uma pessoa apenas que quis progredir, foi um grupo, e este grupo é naturalmente competitivo (e não existe esporte sem competição).
O reconhecimento de que competição é natural e não é briga, foi um dos principais obstaculos que grande parte dos competidores soube ultrapassar, se colocando acima de picuinhas, mirando resultados práticos.

Sílvio Tesch (dentro do Fusca) e Bráulio (também piloto de Fusca) - competidores de oficinas diferentes, mas não inimigos
A liberdade de criação trouxe consigo inúmeras apostas, e a desmistificação da preparação única agregou novos competidores que se confrontaram com “velhas raposas”, que começaram a dar as caras novamente no autódromo. No último TOP do ano:

- AP aspirado
- AP turbo
- GM 6 cilindros aspirado
- Mitsubishi turbo
- VW Boxer Turbo
- Fiat Turbo
- Audi 5 cilindros Turbo
- Chevette 4 cilindros turbo

Poderíamos ver aí outros modelos, que a infelicidade da quebra fez questão de tira-los da competição. Mas além dos motores, podemos citar também que os carros tinham motor na frente, motor atrás, tração nas quatro, tração na frente, tração atrás, pneus M/T, pneus Hoosier, pneus Black, pneus N/A, pneus Goodyear….e por aí vai.

Ninguém estava aliviando o pé, ninguém estava com lastro – todos estavam no “tudo que dá” o tempo todo.

Audi RS2 - trem tração nas quatro
Somamos a isto a proximidade do público – não existem áreas vips, não existe um público melhor e um pior, todos podem ir nos boxes, todos podem ir para a arquibancada ou ao alambrado, todos podem ver de perto motores de 500cv derretar 10 polegadas de borracha no chão como se fosse manteiga.

Público muito variado acompanhando o rolo antes do alinhamento
Igor Drawanz e o Dodge estrela de TV, divertiu a criançada com seu Hot Wheels de gente grande
Para os competidores, chegar cedo ao autódromo, ter uma equipe, levar um mecânico, conferir a pista, verificar os adversários, ter um alinhador – isto tudo passou a ser natural para aqueles que cogitam vencer.


O desenvolvimento abriu a possibilidade da criação do Super 8, um antigo sonho, que hoje é viável graças a quantidade de competidores que querem efetivamente disputar e vencer.

A política de portas abertas do campeonato, oferecendo a mesma estrutura para o carro mais rápido até o mais lento, oferece a oportunidade aos pilotos novatos experimentarem a competição dentro da pista.



A chande do proprietário do carro de rua “envenenado” acelerar com força e sem medo, com a mesma cola, a mesma fila, a mesma inscrição, a mesma pista, o mesmo respeito dos carros mais rápidos e participar do campeonato, é a essência da diversidade do evento.

Se você, como um entusiasta, for em uma ND hoje, vai se deparar com carros empinando, carros passando a mais de 180km/h no final dos 201m, tempos de 60 pés na casa dos 1,5s. E estes são exemplos, no plural, são vários competidores.

Tarumã, que sempre foi uma pista querida no coração dos gaúchos, mantém a mesma dificuldade do traçado na reta – subida, descida, asfalto, inclinação de curva – mas é ali que estão se formando os melhores esportistas da arrancada no estado, aqueles que estão unindo a técnica, a criatividade e a competição.

A AD gostaria de agradecer todos os pilotos, preparadores, equipes, amigos, entusiastas que fizeram do ano de 2011 o ano mais “racing” da AD.

A equipe da cronometragem da Produpark – agradecemos o trabalho realizado, inúmeras horas de acelera, tempos, atendimento e correria na pista possibilitaram a competição acontecer.

Pilotos e equipes conferindo o "time-slip" oferecido pela cronometragem da Produpark
E toda a equipe do autódromo de Tarumã, que mantém um autódromo que é o templo do automobilismo no RS sem mágicas, mas sim com trabalho.

De cima da ponte ele diz se arranca ou não - mais um trabalhando para que a competição aconteça

Valeu todo mundo!

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