domingo, 27 de setembro de 2009

TOP16: Disputa nos 11 altos.


Após sucessivas trocas de data, dia 19 de setembro foi realizado o Open Day do Velopark, na mesma data do campeonato gaúcho e brasileiro de arrancada. Parece que esse arranjo foi feito pelos organizadores com o objetivo de reduzir os custos do brasileiro e gaúcho, que já acontecem em conjunto.

Apesar do aporte de participantes oriundos das competições federadas cujos treinos estavam ocorrendo no sábado, o Open Day teve menos inscritos do que o usual, mas ainda assim esteve equilibrado em número de inscrições com o brasileiro-gaúcho.

O narrador habitual, Ademir "Perna" Moreira foi substituído por Guto. Guto sendo um novato, não conhecia bem o sistema do Open Day e nem os competidores, dando grande ênfase para carros de performance mais comum e não dando atenção aos carros mais rápidos. Outra reclamação recorrente foi sobre informações erradas passadas através dos alto-falantes, que confundiam o público.

Houve reclamações até sobre entusiasmo exagerado fora de contexto, mas supõe-se que isso possa ser tolerado como uma forma de tentar passar alguma emoção ao público, ou ainda como o "estilo" do narrador, talvez seguindo o exemplo do Pepe Locutor, cuja marcas registradas são a pouca atenção dispensada aos resultados finais das provas e os gritos muitas vezes exagerados de "RÉÉÉÉÉCORDE!" quando um competidor consegue bater a melhor marca da categoria.

Mas "estilos" a parte, conhecimento sobre o sistema da competição e sobre os competidores é crucial para qualquer narrador que queira ter seu trabalho reconhecido pelo público e pelos pilotos.

O evento ocorreu com folga suficiente para que alguns participantes pudessem dar muitas puxadas, como Tiago Rech de Caxias do Sul, que conseguiu dar 21 puxadas com seu Kadett, feito que ninguém ainda tinha conseguido em um Open Day. Diversos outros competidores também aproveitaram o movimento menor do evento para darem mais de 15 puxadas na pista do Velopark.

As condições da pista no entanto, segundo relatos dos pilotos, parecem ter sido afetadas pelas chuvas nos dias anteriores, reduzindo a efetividade do tratamento com VHT. Outro problema climático que pareceu interferir foi o vento, que soprava forte e no sentido contrário dos carros.

A competição seguiu seu padrão normal, mas sem o bracket. O TOP16 não foi organizado dessa vez pela AD e sim pelo Velopark, que modificou-o, instituindo uma final por melhor de três, que não faz parte do sistema original da competição idealizado pela AD.

Dentro da pista, os pilotos deram o melhor de si, mas não foi um bom dia para baixar tempos e certamente não foi o Open dos 10 segundos que todos esperavam.

Dentre os participantes mais esperados, RaFASTra e seu Astra 888 fizeram bonito, apesar das condições ruins da pista: Rafa virou o melhor tempo do Open com 11,2 a 223km/h, com direito a parcial 300-402m de 1,6 segundos, mostrando a força dos upgrades realizados para essa etapa. Mas potência em alta não é o suficiente para vencer corridas e Rafa Pires foi vencido pelo Dodge blower de Rildo Schmidt, que virou bons tempos na casa dos 11,9. Rafastra errou segunda e o Dodge foi adiante no TOP16.

RaFASTra e seu 888: O carro mais rápido, mas não foi dessa vez.

Alexandre Kroeff também esteve presente, agora com pneus drag com DOT, os permitidos pela categoria TO, na qual o Maverick de Kroeff está enquadrado. Seu tempo melhorou um décimo, conseguindo rodar na casa dos 11,8, mas foi eliminado por Deme Coradi no TOP16.

Alexandre Kroeff e seu V8 aspirado pararam no Corsa turbo de Deme Coradi

Deme e seu corsa também estiveram lá, mas seus tempos, como os da maioria dos participantes, ficaram acima do usual. Deme virou tempos na casa dos 11 altos e foi eliminado pelo Eclipse street dos irmãos Andreis no TOP16.

Deme foi até a semi-final, onde parou no Eclipse de "Nene" Andreis

Para aqueles que estavam curiosos com a estratégia dos irmãos, deu a lógica do Open Day: O Eclipse street apesar de mais lento que o Eclipse Stock, foi confiável e constante, chegando até a final e vencendo a disputa contra o Passat turbo de Élcio Graeff.

Tempos na casa dos 12 e uma dose de sorte contribuíram para que Élcio Graeff levasse seu passat DT-B para a final.

Rildo Schmidt melhorou muito os tempos de seu Dodge com os pneus drag, mas perdeu a semi para o Passat de Graeff, quando rompeu a correia do blower.

Já o Eclipse GSX Stock teve problemas mais uma vez com o virabrequim e ficou impossibilitado de correr. Seu teórico adversário, o Calibra turbo de Anderson Dick não competiu no TOP16, preferindo correr na categoria SFL, ou "Super Força Livre", pelo brasileiro-gaúcho.

Os grandes vitoriosos do dia foram os irmãos Andreis, com destaque para Rafael "Nene" Andreis, que levou o Eclipse street até a final do TOP16 mesmo com os habituais problemas: Vazamento de água no cabeçote e acionamento da embreagem, somados ainda a um coletor de escapamento trincado na válvula de alívio, o que limitava a pressão máxima do turbo, ao mesmo tempo que apresentava o risco de desprender a válvula fazendo com que o carro perdesse totalmente o auxílio do turbo.

Tendo que segurar o freio de mão na hora do alinhamento para evitar a queima, em função dos problemas de embreagem e lutando com a pressão de turbo baixa e o superaquecimento do motor, Nene pegou uma dureza na semi-final, contra Deme Coradi e seu Corsa turbo. Nene largou muito bem, estabelecendo uma vantagem segura e parecia que tudo ia bem, até que errou uma marcha! O Corsa engoliu um bom pedaço da distância, mas Nene conseguiu se recuperar e manter a liderança, já que o corsa acabou tendo problemas mecânicos no trecho final. Fabio "Gringo" Andreis calcula, baseado no tempo do GSX de 11,7 dessa puxada, que o erro custou ao Nene o melhor resultado do dia para o carro.



Rafael Andreis vence Deme Coradi. O placar indica um tempo errado para o Mitsu, numa das raras falhas da cronometragem do Velopark.

Como no TOP16 não é o recorde quem manda, apesar do tropeço o GSX street passou adiante para pegar o Passat de Graeff, que ganhou a vitória na semi graças ao rompimento da correia do blower do Dodge de Rildo Schmidt. Graeff havia tido sorte também na puxada anterior contra o Opala de competição de Ario Sabbi, devido a problemas mecanicos no Opala.

Ario Sabbi trouxe seu Opala aspirado de competição da categoria TS. Com problemas mecânicos, foi barrado pelo Passat de Graeff.

Constante nos 12 médios e com melhor tempo de 12,0, Graeff até tinha chances de vitória, apesar da final melhor de 3 trabalhar contra ele nesse caso. Mas no caso, não foi o caso. Nene aproveitou a superioridade da performance do Eclipse de rua sobre o passat DT-B para vencer logo as duas primeiras puxadas, sem erros.

Na vitória não houve a entrega do troféu da AD, apenas um prêmio de R$ 500,00, que representa um valor simbólico frente ao investimento dos competidores nos carros, mas que com certeza é melhor do que nada.

Com esse resultado, Rafael Andreis alcança Sérgio Fontes na contagem de TOP16, sendo dois para cada um e um para Deme Coradi.

Rafael Andreis, o Campeão do dia.

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