1320: Dando pau no RaFASTra

T.O. Castro dando aquela "Jimada", com spray é claro, para não sujar os dedos.

Todos aqueles que conhecem o T.O. Castro sabem que as iniciais de seu nome não poderiam ser mais adequadas. T.O.C. no jargão dos médicos de cabeça significa "Transtorno Obsessivo Compulsivo" e define muito bem o tipo de relacionamento que ele tem com seus carros.

Tudo porque T.O. sempre teve uma compulsão obsessiva por limpeza, acabamento, estilo e apresentação de seus carros. Suas manias vão mais longe do que muitos sequer conseguem imaginar, mas isso sempre fez com que ele fosse considerado por muitos uma referência, através do que fazia em seus carros de rua com bom acabamento, novidades e sem (quase nunca) passar do limte.

E assim desde os tempos em que não existia o acesso popularizado às câmeras digitais. Por isso as fotos a seguir podem não fazer jus ao que eram realmente os carros, mas quem já viu, certamente vai lembrar.

De qualquer forma, agora o que bufa na garagem 07 é o Civic VTi. A história desse carro é longa. T.O. Passou muita coisa com ele. Primeiro ele era verde (o carro) e acelerava na rua depois sofreu sinistro, foi todo reformado e pintado de branco, sendo o único "EK4", (sigla que denomina o modelo) branco das redondezas, já que esse caro não foi vendido no Brasil com essa cor. Recebeu rodas 17, bancos Momo, kit nitro e todo o tratamento carinhoso do T.O.

Manias de T.O. Castro: Foto da quilometragem marcando o 7 seu número da sorte: Mas para quem é totalmente T.O.C., poderia ter batido a foto girando 7 mil, não?

Mas então surgiu a AD e o Civic começou a ser modificado para a performance em arrancadas. Para o bom rendimento poder entrar em cena, o peso teve que sair e o carro foi sendo modificado às pressas, nas vésperas de cada prova, tudo em nome de resultados, que vinham sempre na pista. E não se mexe em time que está ganhando.

Assim, o ano de 2006 foi um sucesso, com o Civic vencendo muitas corridas e atingindo o excelente tempo para a época, de 8,4 segundos nos 201 metros do sambódromo. Em 2007 o carro foi turbinado e tudo sempre às pressas, sempre sem tempo e recursos... Cada vez o carro estava mais descuidado, o que de um modo ou de outro acabou culminando numa quebra de motor, onde os cilindros não aguentaram o torque e uma camisa rachou.

Foi então que o processo parou e o carro foi desmontado. T.O. Decidiu que só montaria o carro novamente dentro de seu próprio padrão e é nisso que ele vem trabalhando. Nesse meio tempo, despontou um outro carro com excelente performance e que foi montado sem tanta pressa, com mais critério e tempo para que ficasse além de forte, apresentável. E esse carro também apresentava um rendimento acima do comum para o que tinha de equipamentos e estava obtendo ótimos resultados nas corridas.

Também era um carro incomum, importado, 4 cilindros e de tração dianteira. Alguém havia tomado o lugar de T.O. Não só dentro da pista, mas também como referência em acabamento. Esse carro era o Astra de Rafael Pires, o RaFASTra.

Espelhamento, acabamento, cofre, parafusos, detalhes... Esse não era um carro qualquer, onde as porquices ficavam por baixo. Esse era realmente um carro bem montado, bem acabado e forte. Com um bom conjunto e muitos diferenciais. Foi então que T.O. Castro fez o desafio ao RaFASTra: -"Vou te dar pau! Se não for na pista, pelo menos no acabamento tu vais ter um rival a altura!"

E desde então o Civic vem sendo montado, aprimorado, arrumado e preparado para esses dois objetivos: Ser competitivo na pista e também no box, de capô aberto. E para isso, T.O. Está levando o acabamento ao limite em todos os detalhes do carro.