sábado, 25 de setembro de 2010

A volta dos que não foram!


Roberto Ramos é um piloto da área do litoral que vem participando das provas há algum tempo, com seu palio 1.8R Mas tudo começou há alguns anos, com uma picapinha Corsa com motor GM 2.0 8v turbo. Após diversas quebras de balancins do motor 8v, que são o primeiro passo para a conversão para 16v, Ramos desistiu da Corsinha, comprou um reboque e decidiu começar a montar um carro de pista, enquanto rodava com seu carro de rua nas provas em Tarumã.




O carro escolhido para susbstituir a Pick Up Corsa foi um Corsa, também de monobloco antigo, duas portas. Mas no meio da montagem Ramos mudou de planos e comprou um Kadett já pronto, da categoria DT-A. O carro já havia corrido e virava seus melhores tempos na casa dos 11 altos, com pneus drag, caixa com dente reto, gaiola de proteção e cabeçote 16v.

 
 


Agora na mão de Ramos, diversas modificações estão sendo feitas. Várias tubulações do motor foram substituídas por peças em aço inox da Sprint, foi instalado um banco de competição Kirkey, que foi afixado num suporte tubular em inox também feito pela Sprint. O turbo foi trocado por um Holset e novas válvulas de alívio e prioridade foram instaladas.

O carro está sendo montado na mecânica Pica-Pau em Tramandaí e em breve pode estar fazendo suas primeiras aparições em Tarumã na Noite do Desafio.

Vamos aguardar ansiosos!

Quem quiser saber mais, pode visitar o blog: www.corsaturbo2772.blogspot.com




quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Campanha política??



Bem galera, acho que quem me conhece ou lê assiduamente esse espaço, sabe que sou uma pessoa bastante cética e que nõ é com qualquer papinho que sou convencido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, ou mesmo das qualidades de uns e outros por aí, mesmo que sejam os queridinhos do momento.

E agora são as eleições... Se tornou difícil de assistir televisão, pois a campanha e seus estratagemas maquiavélicos permeiam toda aprogramação, pois não há meio ou mercado que consiga passar imune ao enorme poder de que os políticos se apossaram no Brasil. Pesquisas, notícias e até mesmo o esporte viram meios de atingir o povo em época de eleição.

O pior, ou mais visível aspecto talvez seja a poiluição: Fachadas pintadas, muros com cartazes um por cima do outro, santinhos, panfletos, bandeiraços na sinaleira, caminhões de som... Para mim isso reflete que nada fica realmente limpo nesses tempos, das paredes às inaugurações de obras e até mesmo a tragédia alheia viram pontos de pivô para alavancar campanhas. Como um candidato aqui da minha região, que usa a "escola melhor" como plataforma. Eu tenho lá minhas desconfianças de que talvez ele mesmo nunca tenha gostado da escola... Afinal, se é bem formado, qual o motivo de querer ser político?

E assim temos aí um monte de gente que nunca fez nada, escolhe um bordão e sai gritando literalmente pelos quatro mil alto-falantes, como se sua vida fosse compromissada com isso desde a infância.

Então, como era de se esperar, estou pensando em votar em branco. Serra? Dilma? E se o topo é ruim, o que pensar da base? Estou desanimado e quem sabe se muitos fizessem como eu as pessoas começassem a perceber que a coisa tá feia, ao contrário do que prega a mída que perdeu sua neutralidade há muitos e muitos anos. Se é que algum dia a mídia corporativa teve alguma.

Me dói, porque não sou uma pessoa que desiste fácil. O problema é que entre o ruim e o ruim, na verdade você não tem nenhuma escolha. Mas aí surge esse cara, o Marcio Pimentel... Pronto, mais um querendo entrar no rateio da Pizza... Será?

Vota em branco é fácil, mas votar em branco com a certeza de estar fazendo uma coisa plenamente justificável é mais difícil. Então parei para analisar Marcio Pimentel.

Em uma época em que o automobilismo sofreu muito, o Autódromo de Tarumã também estava ameaçado. Pimentel criou então o Racha Tarumã, 13 anos atrás. O racha era uma opção para triar os rachadores da rua e levá-los para o local adequado, a pista de corrida. Não posso ignorar isso, pois até pedras já atiraram na minha casa, por eu ter tido essa mesma iniciativa em um passado mais recente através da Associação Desafio. Sei que não é fácil.

Mas ainda assim Pimentel conseguiu o prodígio de viabilizar economicamente a existência do Autódromo de Tarumã com esse evento, o Racha. E qual a atração principal do Racha? A chamada "cadeira elétrica", que é um show de manobras de extrema perícia que envolve até a capotagem proposital e controlada de alguns carros. Ou seja, o Marcio entra num Chevette e arrisca sua vida a cada show.

Então não dá pra dizer que o cara surgiu do nada e agora quer mumu... Isso não dá pra dizer mesmo.

Mas até aí, olhar de longe é muito lindo, sei disso por todas as tentativas que tivemos de negociar com organizadores de evento na AD. Na hora de negociar os caras sempre são diferentes e só enxergam o lado deles. Dane-se o esporte. Pois bem, com Pimentel a AD vem florescendo no Racha Tarumã. Marcio Pimentel tem sabido retribuir e isso tem tido como resultado publicos recordes no Racha e parte da renda desse público é revertida para caridade. Não agora, mas isso tem sido feito há muitos anos, desde a época que ninguém estava olhando. Outra parte tem sido reinvestida e isso faz com que a coisa melhore cada vez mais. Ele não tem sido egoísta.

Só isso já vale um voto. O meu voto. Tenho que admitir, político não se julga por propostas e sim por suas atitudes lá, bem antes da eleição. Por sua disposição de fazer ao invés de lucrar em cima dos outros. Por saber delegar e distribuir e pela humanidade de fazer caridade sem ter ninguém lá batendo foto.

Mas além disso tudo, Marcio Pimentel que eu saiba não tem caminhão de som e nem foi buscar os santinhos na sede do partido, ou seja, não suja a cidade. E na edição de aniversário do Racha Tarumã, frente a 8 mil pessoas na arquibancada, Pimentel se negou a dar o microfone para outro candidato que  queria fazer campanha política: "Ah, Fulano... Não vai dar, essa não é a proposta do Racha. Se nem eu faço isso, não poss deixar você fazer."

Então, nem que seja pela diminuição da poluição sonora em época de eleição: Para estadual eu vou de Marcio Pimentel, 15300.

Vicente Queiroz

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Dicas para iniciantes



Esses dias recebi um e-mail de um amigo que continha um trecho de uma postagem do fórum da AD, que consistia em uma "dica para iniciantes". Então ele enviou para sua lista de amigos para que todos pudessem compartilhar dela e pediu também para quem tivesse suas próprias dicas, que fizesse o mesmo, gerando uma "corrente de dicas".

Bem, confesso que como o dia é sempre corrido, não tive tempo de responder o e-mail, mas pensei que talvez esse espaço possa servir para divulgar algumas coisinhas que podem eventualmente ser de utilidade para quem está começando a participar de provas de arrancada.

Então lá vão as dicas:

1- Chegue cedo: Estar entre os primeiros a chegar é uma grande vantagem pois você tem tempo de se organizar no box, pode entrar na pista logo em sua abertura, sem atucanações e assim treinar o máximo possível e obter o máximo possível de tempos cronometrados do seu carro.

2- Tire todo o peso possível do seu carro para a competição: Peso reduz a aceleração, dificulta a tração e aumenta o risco de quebras do sistema de transmissão. Retire o estepe e as ferramentas, caixa de som e tudo que não for necessário dentro da pista de corridas.

3- Acerte a calibragem dos pneus: Para arrancar mais rápido na maioria dos casos é necessário murchar os pneus do eixo de tração. Mas a calibragem correta depende de vários fatores como potência do motor, peso do carro, tipo de pneu, condição de aderência da pista... Quanto mais difícil de tracionar, mais murcho os pneus devem ficar. Mas não adianta usar calibragem muito baixa se o motor não consegue empurrar os pneus murchos que geram mais arrasto em alta velocidade. E o mais importante: Não use calibragens abaixo de 10 libras pois o pneu pode desmontar do aro e você pode acabar perdendo o controle do carro.

4- Aqueça os pneus: O burnout, aquela tradicional queimada de pneu antes da largada serve não apenas para se exibir, mas principalmente para esquentar os pneus melhorando sua aderência. Esse procedimento é mais importante para os pilotos que usam pneus de competição, mas todos podem se beneficiar de pneus na temperatura ideal. A idéia não é fazer um rolo homérico que tape o alinhamento de fumaça, cozinhando a borracha dos pneus e danificando seu composto. O correto é você iniciar seu burnout com os pneus molhados em primeira ou segunda marcha, dependendo da potência do seu carro. Não é necessáro também ir até o meio da reta fazendo o rolo. Uma queimada razoável dura de 3 a 5 segundos, levanta um pouco de fumaça e deixa os pneus na temperatura ideal. Após aquecer os pneus, volte imediatamente para o alinhamento e fique pronto para largar, para que os pneus não esfriem e o procedimento perca toda a sua efetividade.

5- Pratique o alinhamento: Em arrancada existem as fotocélulas de alinhamento da roda dianteira do carro e elas chamam-se "pre-stage" e "stage". São representadas pelas primeiras luzes do pinheirinho, que se acendem conforme você rola o seu carro para a posição de largada, interrompendo o feixe das fotocélulas que cruza cada pista. Primeiro acende a luz de pré-stage e depois a luz de stage. Quando ambas estão acesas significa que seu carro está perfeitamente alinhado e pronto para largar. Contudo, existe um espaço de rolagem do carro, mesmo com as duas luzes acesas. Esse espaço chama-se "rollout". Dentro do rollout, ou seja, no espaço que compreende o movimento do carro sem que ande para frente demais a ponto de apagar a luz de pré-stage e sem que ande demais para trás à ponto de apagar a luz de stage, é possível escolher a sua posição ideal de largada.

A prática mais comum chama-se "alinhar raso", ou seja alinhar o mais para trás possível, no limite de apagar a luz de stage. A vantagem desse tipo de alinhamento é que você tem menor chance de queimar a largada se arrancar cedo demais. Além disso, quem arranca mais para trás tem mais chances de obter um tempo de pista um pouco menor, pois passa na largada em uma velocidade um pouco maior. A desvantagem é que se o carro correr um pouquinho para trás, você pode queimar a largada.

Outra prática de alinhamento muito comum é o alinhamento mediano ou centralizado. A técnica consiste em tentar colocar o carro o mais perto possível do centro do rollout, garantindo que há uma distância segura de queima para frente e para trás. A desvantagem é que esse ponto é mais difícil de achar do que o alinhamento raso e fica difícil de alinhar o carro sempre na mesma posição.

Alinhar o carro na mesma posição é importante pois é com base nesse espaço que você tem de percorrer e na velocidade com que seu carro o percorre, que você decide em que momento você deve largar, baseado nas luzes do pinheirinho. Jamais aguarde o verde para largar, pois sua reação assim será muito alta. O ideal é largar a partir do último amarelo ou ainda antes disso, dependendo de onde você costuma alinhar o carro.

Alinhando sempre na mesma posição, você pode ir arrancando cada vez mais cedo e observando seus tempos de reação, até quase zerá-los. Se você chegar a queimar, então é porque você arrancou cedo demais.

Boa sorte e espero que essas dicas sejam úteis já na ND3!

Um abraço!

domingo, 12 de setembro de 2010

O círculo virtuoso: É dando que se recebe



O chamado círculo vicioso é uma sucessão, geralmente ininterrupta e aparentemente infinita, de acontecimentos e conseqüências desfavoráveis e inevitáveis, mas que se realimentam mutuamente tornando a situação quase impossível de reverter, pois ação e reação se tornam muito dificeis de identificar.

Já o círculo virtuoso é a mesma coisa só que ao reverso: É uma sucessão contínua de ações e reações que se realimentam sem causas e consequencias facilmente identificáveis, mas o resultado, ao contrário do círculo vicioso, é favorável.

São sempre as nossas ações que realimentam o ciclo, mas ele não é gerado ao acaso e também, embora muitas vezes possa parecer, não é infinito ou eterno. Conforme os interesses, as conjunturas e um sem número de outros fatores, são criadas correntes que eventualmente culminam em círculos que podem ser viciosos ou virtuosos, dependendo da mentalidade ou capacidade das pessoas que acabam envolvidas neles.


No ano de 2006 criamos a Associação Desafio ao observar que haviam muitos rachas de rua: Na época, assim como hoje, a maioria das pessoas via nesses rachas uma atividade de bandidos. Mas tivemos outro ponto de vista e achamos que eles representavam uma grande vontade das pessoas de competir com seus carros, não necessariamente de forma ilegal e que isso só estava ocorrendo desta forma por falta de opção.

Então, com o interesse único de incentivar a arrancada amadora, de dar a esse pessoal um lugar para competir fora das ruas, criamos a AD, oferecendo prêmios dos patrocinadores aos pilotos e oferecendo aos patrocinadores publicidade no carro de todos os pilotos participantes. Dessa forma acabamos dando início à um círculo: De um lado os pilotos, de outro os patrocinadores e no centro do círculo a arrancada amadora.

Nada aconteceu sozinho. No início houve resistência de ambas as partes mas aos poucos isso foi dobrado, conforme os pilotos iam vendo as vantagens de receber prêmios e reconhecimento público nos jantares de confraternização ao invés de serem perseguidos pela polícia. E os patrocinadores da mesma forma foram percebendo as vantagens de ter seu nome sempre na boca do pessoal mais ativo na comunidade onde eles comercializam seus produtos.

Mas apesar de genuíno, era ainda um círculo muito pequeno. Envolvia apenas os pilotos amadores e os patrocinadores. O porte mínimo do empreendimento não permitia que a realimentação entre ambos fosse poderosa o suficiente para funcionar sozinha. Isso nos exigiu muito esforço pessoal e sacrifícios.

Quando o número de pilotos ganhou corpo o círculo foi também adquirindo velocidade. Mais gente na ciranda implicava um maior interesse pela atividade e isso comprovava aos patrocinadores que seu investimento não estava sendo jogado fora. Mas francamente, naquela época a maioria de nossos patrocinadores éramos nós mesmos ou os amigos, que mais do que retorno para seu negócio, queriam ver a coisa acontecendo.

Porém, quando chegamos à um número de mais de 50 participantes, percebemos que a AD já tinha tomado um certo vulto, já que as provas de arrancada das quais participávamos em geral, sem nossa participação, giravam entre 60 e 80 carros. Havíamos nos tornado uma parte importante do total e o dinheiro das inscrições que cada um de nossos afiliados pagava aos organizadores não era mais irrelevante para eles.

Ao trabalharmos pelo nosso próprio círculo, acabamos gerando consequencias positivas para os organizadores de provas, que começaram a colher os frutos de nosso trabalho. No início ficamos muito animados com isso, pois agora que estávamos provando, evento a evento, que éramos viáveis, que já havíamos contribuído financeiramente sem nada pedir em troca e esperávamos ter no organizador de provas mais um parceiro poderoso para realimentar nosso círculo.

Com a participação ativa de um organizador de prova poderíamos chegar muito mais longe e atrair cada vez mais parceiros que se realimentariam mutuamente, tornando os ganhos exponenciais para todos os participantes.

Infelizmente os organizadores de provas não compartilharam da mentalidade do círculo virtuoso. Estavam atrelados a um sistema antigo e desgastado no qual a federação cobrava taxas compulsórias de todos, não retornava nenhum benefício e determinava, baseada em seus próprios interesses, como deveriam funcionar todos os eventos. Assim, tentaram redirecionar nossos esforços para um círculo vicioso, onde todo o ganho acabava sempre nas mãos dos mesmos poucos e nada retornava para a fonte. A longo prazo, era uma sentença de morte para a AD e um atraso incomensurável para a arrancada amadora.

Conforme cada organizador ia pisando na bola conosco, procurávamos outras saídas, outras provas, outros organizadores para levarmos nosso círculo, nossos afiliados e o dinheiro das inscrições. O que pedíamos em troca: Apenas participar, sem nenhuma regalia, como qualquer outro piloto.

Peregrinamos do Sambódromo de Porto Alegre ao Velopark em Nova Santa Rita, passando pelo Metropolitano em Tarumã, Arrancada Cup em Santa Cruz do Sul e Street Rules Day em Guaporé. Em todo o lugar onde fomos os organizadores sempre tiveram a mesma postura: Fechar o círculo em si mesmos e lucrar com nossos afiliados, sem devolver nada ao círculo. Transformaram nosso trabalho em um círculo vicioso, no qual não importava o que se fazia o resultado era sempre o mesmo: Todos contribuíam e uma única parte se beneficiava dos esforços do grupo, sem nunca realimentar o círculo. E como no círculo vicioso clássico, ao quebrarem a cadeia o evento não crescia. E usavam esse argumento para justificar que não valia à pena investir no que organizávamos, pois o retorno que trazíamos não era viável.

Assavam a galinha, comiam sozinhos e depois nos culpavam por não terem mais ovos.

Mas recentemente as coisas mudaram mais uma vez, quando o Velopark decidiu que o Open Day, evento do qual participávamos, seria realizado numa terça feira à tarde, em apenas 201 metros, o preço de inscrição seria aumentado para R$100,00 e as puxadas seriam divididas em categorias. Era a exata antítese de tudo que sempre pedíamos quando nos reuníamos com eles. Não conseguimos ver justificativas razoáveis nessas determinações, assim tudo aquilo foi considerado pelo grupo como sendo, no mímimo, uma grande falta de consideração com quem sempre apoiou e promoveu o empreendimento, desde antes mesmo de sua inauguração. Não importava mais o que um ou outro pensava, pois o grupo todo se sentiu menosprezado e traído. A insatisfação com o Velopark, que já era crescente, chegou a um ponto crítico.

Ao mesmo tempo em que isso ocorria, apareceu em um dos jantares de confraternização da AD o Darci Júnior, representando o Racha Tarumã. Ao final do jantar ele subiu no palco, pegou o microfone e começou a falar coisas como: "Fiquei impressionado com a organização de vocês" ou "Seria uma honra para nós recebê-los no Racha" e "Podemos providenciar um sistema de cronometragem para viabilizar a participação de vocês".

Foi o suficiente. Se a pista não era nem parecida com a do Velopark, o reconhecimento e a humildade com que a equipe do Racha se apresentou para nós, nos procurando, nos convidando e dizendo que estavam dispostos inclusive a investir na infra-estrutura da prova... Bem, tudo isso também era muito diferente. A principio parecia que era até bom demais para ser verdade. Mas a humildade denota grandeza e apesar de sempre cético, eu vi ali boas perspectivas de futuro.

E o tempo trouxe os resultados da parceria AD-Racha Tarumã, as "Noites do Desafio". Esses resultados foram simplesmente impressionantes. Recordes de número de carros, de qualidade dos participantes, de público e até mesmo dentro da pista.

Mas nada disso ocorreu por acaso. Marcio Pimentel, o administrador do Autódromo de Tarumã mostrou que sua atitude ia além do discurso e investiu mesmo na compra de um equipamento de cronometragem, coisa inédita nos 13 anos do Racha. A palavra "parceria" foi levada a sério e a AD participou ativamente da organização da prova enquanto a equipe do Racha ofereceu a infra-estrutura do evento. As inscrições para os pilotos da AD foram franqueadas. Até mesmo nos anúncios do rádio a AD recebeu crédito e teve papel ativo.

Após os estrondosos resultados da primeira prova, Pimentel sentiu que estava em um bom caminho e investiu ainda mais: A cronometragem que havia sido um dos problemas da ND1, agora seria resolvida através da convocação de Jaime Kopp, referência nacional no assunto. Tudo o que funcionou continuaria igual e agora a organização investiria também em parceria com a AD no tratamento de pista. Os pilotos receberiam prêmios em dinheiro e o mais importante: Seria lançada uma revista, a "Acelera!", com o objetivo de valorizar as conquistas dos pilotos e da comunidade que participam do Racha Tarumã, espalhando-as com orgulho para fora desse círculo.


Tudo isso foi levado à cabo e conforme o esperado os resultados foram novamente excepcionais. Mais público, mais organização e o número de pilotos teve de ser limitado. A repercussão foi enorme mais uma vez e além da prova, a revista Acelera também tem sido um sucesso por todo o país, com suas versões impressa e virtual.

Com isso o Racha Tarumã saiu ganhando muito mais do que todos os outros organizadores com quem trabalhamos até hoje, pois abraçou a idéia do círculo virtuoso. Devolveu ao círculo a energia que dele recebeu e não deixa de ser irônico que aquele que mais deu, foi também o que mais recebeu.

Mas o mais importante é que a partir daí, o círculo se renovou: Novos pilotos conheceram o evento, se empolgaram em tirar os carros da garagem e participar. Levaram para as oficinas de preparação, lotaram as lojas de performance da área, fizeram fila para testar no dinamômetro de rolo, compraram mais lanches, mais camisetas, lotaram as arquibancadas e com isso trouxeram ao círculo a possibilidade de angariar mais patrocinadores.

Os meios de comunicação estão cada vez mais interessados no evento e isso faz com que a arrancada transcenda  aos poucos seu pequeno mundinho fechado e se torne um esporte de apelo para um grupo demográfico mais amplo. Todo esse frenesi atrai mais pilotos ainda e olhando de fora não há mais como saber onde o círculo começa e onde ele termina. Foi para isso que sempre trabalhamos e nos traz grande satisfação ver o mercado se aquecendo dessa maneira.

Esperamos com ansiedade as provas futuras e novamente estamos com grande expectativa de crescimento desse mercado, desse círculo que criamos em torno da paixão pela competição. Seguiremos alimentando-o, para que cresca ainda mais, até que o esforço para mantê-lo firme e forte não pese tanto sobre tão poucos e ao invés disso seja dividido por uma comunidade forte de pilotos, preparadores, donos de eventos, fabricantes, lojistas e todos aqueles que fazem parte dos mercados de performance e competição.

Todo esse mercado ainda é apenas um embrião, uma simples amostra do que ele pode se tornar num futuro não tão distante. Este é um momento de plantar e não apenas colher. Assim, todos sairão ganhando, mas o maior beneficiado será o esporte.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Fazendo amigos, expandindo horizontes e integrando dois mundos.

Sabe a receita básica para um carro de arrancada? Aquela que é basicamente tudo no aumentativo "ÃO"?
Cabeçotão, pistãozão, bielão, turbinão, pneuzão? Nada a ver com automobilismo de pista, que possui carros equilibrados, com potência previamente determinada, peças que privilegiam o desempenho dinâmico do carro e não simplesmente potência e tração. Ok. Mundos completamente distintos, não é? Nem tanto...

Vou contar uma história realmente interessante. 

No mês de agosto deste ano, eu e o Gustavo estávamos procurando desesperadamente um jogo de bielas para o motor do oNe4sEvEn, já que as originais do seu motor estavam levemente empenadas. Já estávamos ficando sem esperanças na procura, pois sempre ouvíamos a mesma resposta de todo mundo: "Tenho, te vendo por 400,00 reais" ou "Isso aí não existe mais, amigo. Esquece!" Ou melhor ainda "Pra quê vocês querem isso??"

terça-feira, 7 de setembro de 2010

ND3: O Desafio continua!

 ND2: Mais um sucesso de público e crítica

Já  temos a  data da ND3 (Noite do Desafio 3).  Será no dia 22 de outubro, na tradicional sexta-feira. Caso o tempo esteja  chuvoso, a primeira transferência será para o dia 29 de outubro.

Mais novidades estão sendo preparadas pela organização para tornar a prova mais ágil e permitir que a final do TOP16 seja realizada mais cedo, para não obrigar o público e os pilotos a uma maratona tão longa madrugada à dentro. 

Para o tratamento da pista é possível que nessa etapa já seja utilizada a máquina aplicadora de composto aderente "VHT", que deve permitir uma aplicação mais rápida e uniforme e consequentemente um melhor tratamento da superfície da pista.

O "burnout box" ou "área molhada" para aquecimento dos pneus deve voltar a ser aplicado, como na ND1, impedindo que os pilotos façam o aquecimento dos pneus na área tratada com o composto e reduzam a agilidade das puxadas, além de prejudicar a eficácia do tratamento da pista, "raspando" o composto do asfalto. A AD já está preparando a melhor forma de implantar esses procedimentos.

Outro ponto importantíssimo para melhorar a agilidade dos procedimentos é o retorno dos pilotos por um caminho alternativo, não sendo mais necessário parar as arrancadas para que os pilotos que já correram possam voltar aos boxes. Marcio Pimentel e sua equipe do Racha Tarumã estão estudando uma forma de implantar esse retorno.

Novamente as inscrições serão limitadas e os pilotos que se inscreveram pela internet na ND2 e não participaram, não terão mais o privilégio da inscrição antecipada. O número de participantes ainda não foi decidido, mas estima-se algo na casa de 150 carros.

A prova deve contar mais uma vez com a transmissão online ao vivo pelo site www.categoriadesafio.com.br.

Aguarde mais novidades aqui no 1320.

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